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domingo, 24 de janeiro de 2010

Manuel Alegre - Eu não esqueço

Recebi do meu amigo, Fernando, seis textos relacionados com Manuel Alegre, dando-lhe o nome de "Eu não esqueço".
Pela importância dos mesmos, aproveito para os publicar, contribuindo para denunciar o passado oportunista deste conservador a que o BE ingenuamente apoia.
Manuel Alegre - Eu não esqueço (I)
"Louçã é um Cavaco do avesso. Estou farto das lições de moral. Não aceito a direcção espiritual de Louçã que parece ter errado a vocação. Ele deixou de combater Cavaco Silva e persiste em combater as forças de esquerda. Ele anda aqui atrás de uns dinheiros e de uns votozinhos. Eu sou de outro campeonato. Eu tenho um passado político de luta e de resistência, Louçã não sei se tem."
Manuel Alegre na campanha eleitoral de 2006
- Eu não esqueço (II)
"Na sessão legislativa 98/99, Manuel Alegre e Mota Amaral apresentaram o projecto n.º 630/VII, intitulado "Regras Protocolares do Cerimonial do Estado português".
No texto, que nunca chegou a ser aprovado, os dois deputados ordenavam as várias precedências das entidades do Estado português no protocolo e o lugar reservado aos representantes da Igreja Católico era superior ao destinado aos ministros do Governo .
No artigo 37.º dedicado às entidades eclesiásticas, Mota Amaral e Manuel Alegre escreviam: "Quando presentes em cerimónias oficiais, as entidades eclesiásticas, não podendo ser-lhes reservado lugar à parte, recebem o tratamento correspondente à entidade civil com competência territorial homóloga."
- Eu não esqueço (III)
Manuel Alegre votou no dia 14 de Outubro de 2006 a favor da proposta de Lei de Nacionalidade do Governo que negava a nacionalidade automática aos filhos de imigrantes nascidos em Portugal.
- Eu não esqueço (IV)
O orçamento do queijo limiano” do Governo Guterrees foi aprovado à custa do vergonhoso negócio da compra do voto do deputado Campelo. Manuel Alegre podia ter impedido esta nódoa se tivesse juntado os seus votos aos dos dois deputados bloquistas.
- Eu não esqueço (V)
Manuel Alegre foi sempre deputado desde que há eleições livres em Portugal. Com o 25 de Abril foi nomeado coordenador da RDP cargo que suspendeu em 1975 com a eleição para deputado. Em mais de trinta anos por ser deputado nunca mais exerceu funções na rádio continuando contudo a efectuar descontos como funcionário. Não trabalhava mas fazia descontos. Por essa razão teve direito a uma reforma vitalícia de 3 219,95 euros que agora acumula com a reforma de deputado. Manuel Alegre, questionado, disse desconhecer que estava a descontar para essa reforma. Manuel Alegre, diga-se, não cometeu nenhuma ilegalidade, mas este processo não o honra.
- Eu não esqueço (VI)
Manuel Alegre votou o aumento da idade da reforma, a alteração da fórmula de cálculo das aposentações (um aposentado em 2005, com a nova fórmula, perdeu 10% na sua pensão - eu perdi 13% - e as gerações que entraram agora no mercado de trabalho vão perder quase 50%) sem cuidar de olhar para quem estava à porta da saída. Votou ainda por duas vezes contra as propostas do Bloco e do PCP pela reforma aos 40 anos de idade, independentemente da idade. Votou o aumento do IVA. Apoiou as privatizações no sector energético.
Nota final: Com este post termino as referências a Manuel Alegre sobre algumas das sua posições tidas ao longo dos tempos. Manuel Alegre não é o meu candidato. Não o aprecio pessoalmente, coisas que remetem para a sua forma de estar, calculista, oportunista, arrogante, com momentos pouco éticos, vaidosa em excesso. Mas claro, nesta dimensão, algo subjectiva. Já sobre no plano político discordo do seu trajecto, do seu conservadorismo em várias matérias, de uma visão "patrioteira", das suas indecisões, do tacticismo político.
Manuel Alegre só mudou nos últimos tempos. Resta saber se o fez por oportunismo e estratégia política, visando conseguir garantir os apoios necessários para conquistar a presidência da República, como creio. Apesar de tudo Alegre até poderá vir a ter o meu voto, sem que "engula" sapos. Se não aparecer na esquerda, uma alternativa ganhadora. Uma alternativa a Cavaco Silva. Por mim vou esperar por Carvalho da Silva ... ou outro, não sei, pelo menos para a primeira volta. Uma candidatura mais clarificadora dos campos e das alternativas políticas.

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1 Comentários:

  • Extremamente preciso e mordaz na critica realizada ao homem que muitas bandeiras impunhou mas que nenhuma dignificou.

    Sérgio Rodrigues

    Por Anonymous Anónimo, Às 29 de março de 2010 às 01:04  

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