radicalmentelivre

sábado, 16 de janeiro de 2010

Escolho Carvalho da Silva e não Alegre

Tenho lido e ouvido através dos órgãos de comunicação social que Manuel Alegre está a preparar a candidatura a presidente da República.
Para uns ainda não é candidato, para outros já o é.
Anda no terreno a preparar-se, ganhando apoios, para oficializar a candidatura para a eleição que terá lugar no próximo 2011.
Essa mesma comunicação adianta que terá o apoio do BE.
A ser verdade, Manuel Alegre não é o meu candidato, nem terá o meu voto, assim como de outros militantes e votantes, penso eu.
Como militante (hoje a designação pelos elitistas globalizados é de aderente) do Bloco de Esquerda, não darei o voto a Manuel Alegre.
Em minha opinião o candidato que a esquerda deveria apoiar não seria em torno desta figura.
Hoje sinto a existência dentro do BE de uma facção elitista, apegada a protagonismo mediático.
Aquando das autárquicas do ano findo, fiquei com ideia da “cambalhota” que Carvalho da Silva deu em Lisboa e entre outras coisas, que o mesmo se estaria a preparar para candidatar-se à presidência da República. Entre várias outras interpretações(negativas), esta leitura ocorreu-me nesse momento.
Este teria seguramente o apoio dos votantes à esquerda (BE/CDU), incluindo muitíssimos do PS, embora eu não considero este partido de esquerda.
Faça-se um recuo ao percurso de Alegre enquanto deputado de um partido, dito socialista, mas que sempre governou contra os desfavorecidos, os trabalhadores, beneficiando os capitalistas e patrões, retirando aos trabalhadores a sua dignidade, impedindo-os de exercer o direito de cidadania. As leis do trabalho criaram manobras, impedindo que não tenhamos tempo para exercer outras actividades lúdicas, cívicas, tal é o terrorismo do desencontro familiar e social, ao prenderem-nos para além do horário de trabalho.
Esta figura que pretende candidatar-se a PR sempre primou por apoiar as medidas anti-sociais que os sucessivos governos do seu partido implementaram. Por acaso esteve ao lado de salgado Zenha?
Veja-se a vergonha dos vencimentos dos administradores, das indemnizações e reformas, para não falar nas benesses – automóveis de luxo, guarda-costas, cartões de crédito…
Manuel Alegre enquanto deputado que fez para denunciar os sucessivos ataques aos direitos e dignidade dos trabalhadores, das leis emanadas, quer pela Assembleia da Republica, quer do governo?
Que atitudes tomou contra as reformas de uma classe que apenas sabe sugar e explorar quem trabalha. Tal como canta o Zeca “ eles comem tudo e não deixam nada”.
É obvio que Manuel Alegre também não prescindiu dessas benesses.
Lançou uma pequena gota no final da legislatura, visto o desgaste do PS, só para o pagode distraído, levando consigo a ingenuidade do BE, e não aceitou ser deputado a pensar nos descontentes, já com o objectivo da candidatura.

Etiquetas: , ,

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]



<< Página inicial