radicalmentelivre

domingo, 29 de junho de 2008

O meu desabafo

Ontem, dia, 28, por imperativo de consciência, convicção, dignidade de cidadão e trabalhador estive presente na acção de protesto contra o pacote laboral da iniciativa da CGTP.
Nesse dia já tinha compromisso, prescindindo dele para me juntar à luta.
Não poderei de facto ficar tranquilo se não disser o que sinto. Infelizmente estavam muito poucos cidadãos e sendo uma manifestação distrital, exigir-se-ia um maior número de trabalhadores.
De facto, este pacote do governo xuxialista é o regresso ao passado, é retirar toda a dignidade ao ser humano, neste caso trabalhador.
Como é possível que os cidadãos não compreendam isto, será que estarão desatentos? Será mais importante a telenovela, a praia, o cabaneiredo, o europeu… E o nosso futuro e dos nossos filhos, porra.
A nossa condição de trabalhadores com direitos está em causa. A nossa condição de cidadãos está em causa…
Eu não sou sindicalista, penso que como eu outros lá estiveram. Será que no distrito não haverão dirigentes e delegados sindicais e membros de CTs em número superior aos presentes naquela concentração? Se os representantes não estão… como poderão ganhar os trabalhadores apáticos! Aqueles que só se lembram das lutas e sindicatos quando são importunados pelos patrões – processos disciplinares, rescisão do contrato, falta de pagamento, mudança de local, etc.
Como é possível que esses dirigentes não sejam responsabilizados pela estrutura?
Mesmo com aqueles presentes, a manifestação deveria fazer-se e ao longo da marcha outros se enfileiravam, engrossando a contestação, obrigava outros a comentar a política anti-social deste governo.
Sendo um evento de luta desagradou-me aquela música. O momento exigia outro tipo de música de encontro à defesa das nossas liberdades e garantias, postas em causa pelos Delfins do Salazar/Caetano. Mesmo que fosse gravada. Como muito bem observou um amigo presente, aquilo seria a festa do S.Pedro!
Por último pretendo ainda fazer um reparo aos comunistas e bloquistas locais. Onde estavam nessa altura. Não é só blá, blá…Há que dar a cara. Não basta criticar os sindicalistas. É claro que estas batalhas não darão o necessário protagonismo ou até os melhores privilégios nos locais de trabalho e aos dirigentes do sistema!
Poderei ter sido duro nesta opinião, mas é o que sinto.

Sá Mota [mentelivre],Junho2008.

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