radicalmentelivre

domingo, 2 de março de 2008

50 mil na manifestação do PCP

"Muitos mil para defender Abril"
josé antónio domingues


Jerónimo pôs o PCP na rua a contestar as políticas de Sócrates

O PCP conseguiu juntar ontem em Lisboa perto de 45 mil pessoas, segundo cálculos da PSP. Milhares de bandeiras vermelhas inundaram as ruas da Baixa lisboeta, numa manifestação em que as palavras de ordem foram contra o Governo - "Somos muitos muitos mil para defender Abril" , "Liberdade com certeza a começar na empresa"e "Justiça social faz falta a Portugal".

O secretário-geral e alguns dos dirigentes nacionais do PCP - como Rosa Rabiais, Luísa Araújo, Jorge Cordeiro, Bernardino Soares e Margarida Botelho - seguraram a faixa à cabeça do desfile que só duas horas depois de sair do Jardim do Princípe Real chegou à Praça do Rossio.

A marcha de protesto, essa, tinha que passar pelo largo do Carmo, para que os dois locutores evocassem, ao som de "Grândola Vila Morena", a manhã da Revolução e "o valor inestimável das conquistas de Abril".

"Aqui se expressou da forma mais visível e genuína o direito à indignação", disse depois Jerónimo de Sousa, dirigindo-se às "mais de 50 mil pessoas" que a organização garantia estarem presentes. Do palco do Rossio, o líder comunista acusou o Governo de estar a promover "uma escalada de ataques às liberdades". "O exercício do direito sindical é coarctado, o direito à greve ameaçado, os processos cada vez mais frequentes", disse.

Depois da actuação do cantor Samuel, com temas de Adriano Correia de Oliveira e Zeca Afonso, Jerónimo de Sousa garantiu que "um pouco por todo o país vão crescendo as limitações à liberdade de expressão" e "as intromissões na autonomia do Ministério Público".

"Valoriza-se o facto de que as escutas telefónicas possam ser efectivadas sem mandato" e "desvaloriza-se o papel da Polícia Judiciária", acrescentou.

Os comunistas percorreram ruas estreitas da zona histórica da cidade, passando à frente do Tribunal Constitucional, de punho erguido ostentando o cartão do partido. Ao JN, Jerónimo de Sousa justificou o gesto através da "afirmação do orgulho comunista" e "a opção livre" de o fazer, contra a imposição de entregar os nomes dos militantes decretada pela lei dos partidos aprovada por PS e PSD.

Alexandra Marques Jornal de Notícias, 02 de Março de 2008

Nota:
Espero que os sindicalistas do movimento sindical, aproveitem esta iniciativa do PCP, para começar a mobilizar os trabalhadores no sentido de fazer grandes manifestações, também aos sábados. A manif. da greve geral foi um êxito. Existindo trabalhadores que não fazendo greve, por dificuldades financeiras, entre muitas coisas, de certeza absoluta que enfileirariam uma mega manif. num sábado.
Eu se residisse em Lisboa ou arredores, não tinha problema em integrar essa grande manifestação de sábado, iniciativa do PCP, embora não sendo desse partido, são os meus aliados de luta. Não é com a direita ou PS.
Assumidamente sou militante do Bloco de Esquerda. Assina: mente livre

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