radicalmentelivre

terça-feira, 30 de junho de 2009

Gonçalves da Silva, um camarada íntegro

Acabei de tomar conhecimento, através de um jornal diário, da morte de um grande camarada e amigo, Gonçalves da Silva.
Conheci o Gonçalves da Silva na UDP, onde trabalhamos juntos pelo da reforço da UDP em Viana.
Participamos em muitas reuniões e debates da UDP Minho.
Estivemos quase sempre em sintonia.
Com ele “impusemos” à UDP nacional a criação da Região do Minho.
Andamos juntos em sessões para a CT dos CTTs.
Acerca de dois anos apareceu-me em casa com a esposa e pusemos a conversa em dia.
Para mim foi uma surpresa o seu falecimento.
Lamento que o pessoal da UDP e Bloco (Braga/Barcelos) não me tenham informado desta perda.
O Gonçalves é uma referência para todos nós.
O camarada nunca se serviu da política para benefícios pessoais ou protagonismos.
Confesso que esperava pelas férias, para com ele desabafar, relativamente a algumas desilusões com o Bloco.
Com o “velhinho”(*) aprendi muito.
Podemos não aceitar, mas o seu desaparecimento é uma perda para quem tanto lutou pela dignidade, pela ética e aprumo, valores que hoje é o que se sabe.
Um lutador sério e solidário deixou-nos, o melhor que podemos fazer é honrar os seus valores da integridade.
Aproveito para apresentar os meus pêsames à família, ao BE de Braga e aqueles UDPs que provavelmente o referenciavam como um mentor.
Os verdadeiros comunistas merecem respeito e reconhecimento pelo que fizeram e fazem. O Gonçalves merece de todos nós esses atributos.
Até sempre, velhinho.
(*) por vezes chamavamos-lhe o “velhinho”.

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

petição parlamento europeu, pelo rastreio cancro colo útero

"IPO - Coimbra - (IMPORTANTE)
Mensagem do Dr. Daniel Pereira da Silva director do serviço de Ginecologia
do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra...
Caros Amigos e Amigas
Preciso da vossa ajuda. Assinem a petição www.cervicalcancerpetition.eu para que o cancro do colo do útero venha a ser discutido no parlamento europeu, de modo a que os rastreios sejam uma realidade em todos os países, nomeadamente em Portugal, onde só existe na região centro.
Obrigado
Assinem a petição e reencaminhem a todos os vossos contactos.
NÃO CUSTA NADA ENCAMINHAR
Por favor encaminhem este mail para os vossos amigos e amigas.Obrigado!"
Este blogue compartilha a mensagem e faz eco do pedido, inserindo-o, sugerindo para que assinem a petição.
É importante.
É nosso dever fazê-lo.
Que todos tenhamos acesso ao rastreio.

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Continuemos a fazer de conta

Façamos de conta que e o que passou no BPN e na SLN não é mesmo uma enorme "roubalheira". Façamos de conta que há outro termo para descrever correctamente o saque de dois mil milhões de dinheiro dos portugueses.
Façamos de conta que a mais-valia de 147 por cento do investimento de Aníbal Cavaco Silva e família não aparece nos dois mil milhões de prejuízos do BPN nacionalizado. Façamos de conta que não é o contribuinte português quem está a pagar esses dois mil milhões. Façamos de conta que é normal conseguir valorizar um investimento 147,5 por cento em menos de dois anos. Tudo isto fora do controlo das entidades fiscalizadoras e reguladoras do mercado de capitais. Façamos de conta que um conglomerado de bancos e offshores que compra coisas por dezenas de milhão, que vende depois por um dólar, e que rende mais do que a Dona Branca, é normal. Façamos de conta que um negócio gerido assim faz algum sentido no mercado. Façamos de conta que é acessível ao cidadão comum um negócio destes. Façamos de conta que sabemos todas as circunstâncias da compra e da recompra das acções de tão prodigiosa mais valia, que a família Silva detinha no projecto de Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Façamos de conta que a SLN não tem nada a ver com o BPN. Façamos de conta que o BPN e a SLN não têm um número invulgar de gente do PSD envolvido nas suas actividades. Façamos de conta que Aníbal Cavaco Silva não é a personalidade de mais influência no PSD. Façamos de conta que os termos SLN, Sociedade Lusa de Negócios ou SLN Valor aparecem no comunicado da Presidência da República de 23 de Novembro de 2008. Façamos de conta que, nesta fase de dúvidas, é aceitável uma declaração como a emitida pelo Palácio de Belém sem referências ao valioso investimento familiar no mais controverso dos projectos financeiros da história de Portugal. Quando é só esse investimento que está causa. Por ser uma aplicação num projecto de licitude duvidosa. Façamos de conta que o Chefe Executivo desse projecto não tinha sido um íntimo colaborador de Aníbal Cavaco Silva responsável por finanças públicas. Façamos de conta que entre 2001 e 2003 os negócios do BPN e da SLN decorriam de forma irrepreensível e no cumprimento integral da lei da República. Façamos de conta que não foi por escolha pessoal do Presidente da República que Dias Loureiro foi nomeado Conselheiro de Estado. Façamos de conta que, como o Presidente disse, estar Dias Loureiro no Conselho de Estado era a mesma coisa que estar António Ramalho Eanes ou Mário Soares ou Jorge Sampaio. Façamos de conta que o Presidente relatou tudo o que devia ter relatado ao País sobre os seus activos passados nos projectos de Oliveira e Costa e Dias Loureiro. Façamos de conta que não há gente presa por causa do BPN. Façamos de conta que não vai haver mais gente presa. Façamos de conta que o que se passou no BPN e na SLN não é mesmo uma enorme "roubalheira". Façamos de conta que há outro termo para descrever correctamente um saque de dois mil milhões de dinheiro dos portugueses. Façamos de conta que não conseguimos imaginar quantas escolas, quantos hospitais, quantas contas de farmácia, quantas pensões mínimas, quantas refeições decentes se podem comprar com esse dinheiro. Façamos de conta que basta, apenas, cumprir rigorosamente a Lei e ignorar o que a Lei não diz, para se ser inquestionavelmente impoluto. Façamos de conta que não sabemos o que se está a passar à nossa volta. Até onde aguenta o País continuarmos a fazer de conta que não vemos?
Mário Crespo, in Jornal de Notícias - opinião.

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