radicalmentelivre

domingo, 8 de março de 2009



o meu comentário:
Entre aquele tempo e o que decorre, existe de facto uma enorme diferença. As pessoas naquele tempo eram esmeradas, cuidadas consigo e com os outros, orgulhavam-se da dignidade dos seus direitos, da sua participação e liberdade, estavam dispostos a fazer sacrifícios.
Hoje este espírito está a desaparecer, solidariedade não passa dessa palavra.
A satisfação e interesse imediato de hoje é o dinheiro... já não se luta, não se fazem sacrifícios para lutar pelos nossos direitos, liberdades e garantias... quanto mais para um mundo melhor...
Quando o poder, cheio de vícios e com toda a ostentação nos reduzem a simples números...
Será isto evolução?!

Etiquetas:

sábado, 7 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.
(breve apontamento sobre o começo da luta pela afirmação da sua dignidade)
Radicalmentelivre associa-se a esta importante data, contra os sacripantas que em sociedade afirmam defender os valores da dignidade das mulheres e nos locais de trabalho ou casa as torturam privando-as da sua condição de mulher, limitando-as a um espaço doméstico inflingindo-lhes todo o tipo de terrorismo psicológico.


Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
Como sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!
Quantas morrem saudosa duma imagem.
Adorada que amaram doidamente!
Quantas e quantas almas endoidecem
Enquanto a boca rir alegremente!
Quanta paixão e amor às vezes têm
Sem nunca o confessarem a ninguém
Doce alma de dor e sofrimento!
Paixão que faria a felicidade.
Dum rei; amor de sonho e de saudade,
Que se esvai e que foge num lamento!

(Florbela Espanca)

Etiquetas: